ALIMENTAÇAO ADEQUADA.

Cuidar da alimentação previne obesidade e câncer06/07/2009

A obesidade tem suas raízes no sedentarismo e nos maus hábitos alimentares típicos da vida moderna. Até aí nenhuma novidade. E a solução contra esse mal, como todos também sabem, é praticar exercícios e escolher muito bem o que se come, resistindo às tentações que estão em toda parte. Nem sempre é fácil, mas, na busca de motivações para manter a saúde, talvez ajude saber que se manter magra e saudável diminui não só o risco de doenças cardiovasculares, mas também de alguns tipos câncer, entre eles o de mama.

Segundo muitos especialistas, aliás, a epidemia de obesidade tem contribuído para o aumento da incidência do câncer de mama. “Enquanto na década de 1970 cerca 6% das brasileiras eram obesas, nos anos 1990 esse número dobrou”, explica a mastologista Fabiana Baroni Makdissi, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Mas qual a relação entre excesso de peso e câncer?

O tecido adiposo não é apenas um conjunto de células destinadas a acumular gordura. Ele também se comporta como uma glândula e, como tal, produz hormônios sexuais, como o estrógeno, normalmente em pequenas quantidades. Quando a pessoa engorda, essa produção aumenta na mesma medida. E excesso desses hormônios na corrente sanguínea predispõe ao aparecimento de tumores de mama e de endométrio (parede interna do útero).

MENOPAUSA E EXCESSO DE PESO
A situação se complica ainda mais depois da menopausa. Quem explica é a oncologista Maria Del Pillar Esteves Diz, do Instituto do Câncer de São Paulo Otávio Frias de Oliveira: “Durante a fase reprodutiva da mulher, são os ovários que produzem a maior parte do estrógeno. Depois da menopausa, a presença desse hormônio na circulação cai muito, embora nunca chegue a zerar, justamente por causa da atividade do tecido adiposo. Acontece que, quando a mulher está acima do peso, os níveis de estrógeno ficam acima do desejado. O resultado é uma superestimulação do endométrio e do tecido mamário, numa fase da vida em que isso não deveria acontecer”.

O problema é que, justamente depois da menopausa, a mulher tem mais facilidade de engordar, porque há uma diminuição do metabolismo. Como o gasto energético é menor, se ela continuar comendo igual, o resultado é o ganho de peso, explica Fabiana Makdissi.

Solução: queimar calorias em exercícios físicos regulares, mesmo que moderados, e selecionar muito bem o que levar à boca. E isso vale também para as mulheres que ainda estão distantes da menopausa, porque, como vai ser mais difícil emagrecer depois dela, o ideal é chegar lá magra, sugerem as médicas.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Vale lembrar que mudar os hábitos alimentares também ajuda a prevenir diversos outros tipos de câncer. Cerca de 30% dos principais tipos de tumor poderiam ser evitados dessa forma, segundo o nutricionista Fábio da Silva Gomes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e analista de programas para controle de câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A receita inclui reduzir a ingestão de gordura, açúcar e carboidratos em geral, abusar de frutas e hortaliças sem amido (não valem batata e mandioca, por exemplo). Limite o consumo de carne vermelha a um ou dois dias por semana e sempre prefira as assadas ou cozidas. Grãos e cereais são muito bem-vindos, desde que bem armazenados, porque a umidade favorece o crescimento de fungos, que podem causar doenças.


DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA

Menos açúcar e carboidratos, e a recompensa na balança
Reduza o consumo de alimentos muito energéticos, como biscoitos, doces, bebidas açucaradas e todo tipo de fast food.

Frutas e hortaliças protegem
Consuma pelo menos cinco porções (o equivalente a 400 gramas) de frutas e hortaliças sem amido (ou seja, batata, mandioca e outros tubérculos não valem). Esses alimentos oferecem proteção contra agentes cancerígenos e inibem o crescimento de células precursoras de câncer.

Pouca carne vermelha, melhor assada ou cozida
Limite o consumo de carne vermelha (no máximo 500 gramas por semana) e também evite carnes processadas ou salgadas (o que inclui os embutidos e defumados). Esses produtos contêm nitritos e nitratos, que podem dar origem a outros compostos com potencial cancerígeno. Além disso, o sal em excesso pode causar danos às mucosas. Prefira carnes assadas ou cozidas. As carnes “na chapa”, como o churrasco, costumam conter alcatrão e outras substâncias que aumentam o risco de câncer.

Muitos grãos e cereais, desde que bem armazenados
Abuse dos grãos e cereais, mas cuidado com sua conservação. A umidade favorece o crescimento de fungos, que produzem substâncias que podem causar diversas doenças.

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